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quinta-feira, 16 de abril de 2015

A Verdade sobre a Bíblia - Descubra a história não contada II




A medida que eu continuo a ler sobre as contribuições de P para o conceito de Deus, eu finalmente comecei a ver algumas similaridades com a forma de teísmo que eu acreditava e que me foi ensinada como cristão. De acordo com P, Deus estaria além da compreensão de seres humano (êxodos 33:18). A completa realidade de Deus vai sempre iludir nosso entendimento, ao invés disso apenas a manifestação de Deus pode ser vista a ‘Glória de Yahweh’.

Esse conceito de Deus teísta foi mais desenvolvido pelo Judeu-Grego, Fílon de Alexandria em 30 AEC. De acordo com Fílon, a essência de Deus era incognoscível envolvida em um mistério impenetrável (a razão disso é porque nenhum deles viu a deus, então deduzem coisas como é um humano, é um ser, é algo que não conhecemos ou vimos, isso acontece porque eles ao criarem um mistério, não puderam resolver esse mistério). A punica maneira pela qual o conhecíamos era através de seus poderes que ele usava para interagir com o nosso mundo.

Deus usava seu poder para se comunicar conosco, porque o nosso intelecto ‘limitado’ não poderia compreender suas propriedades. Os seus poderes nos permitiam vislumbrar uma pequena parte da realidade que está além de qualquer coisa que possamos conceber.

Eu abandonei até mesmo essa concepção mais misteriosa do Deus teísta por várias razões. Que eu solidifiquei depois da minha desconversão. Uma ao menos era que esse tipo de Deus teísta foi gerado diretamente através das ideias politeístas, mas foi bom ver uma concepção de Deus que era mais próxima ao ‘Alicerce de Todos os Seres’ do panteísmo. O que nessa época eu sentia que poderia ser a verdadeira foram de Deus. Eu encontrei uma possível expressão do Deus do Panteísmo no conceito védido de Brahma no inicio de ‘Uma história de Deus’.

Brahma parece ser o poder que sustenta tudo (no hinduísmo), o mundo todo era sua atividade divina desenrolando-se através do misterioso ser Brahma. Que era o meio de toda a existência. Os védicos Upanizades eram capazes de cultivar um senso de Brahma em todas as coisas (muito parecido com os teístas que dizem ver deus em toda a natureza ou em todas as coisas criadas). E fazendo isso desvendavam o alicerce oculto de todos os seres, na percepção da unidade diante de diferentes fenômenos.

Brahma não era uma deidade para ser pensada ou temida pela humanidade, era algo a ser vivido. A medida que eu seguia a leitura, eu vi que os judeus mesmos começaram a conceitualisar Deus de uma maneira muito similar a Brahma, cultivando Deus nos menores detalhes da sua vida diária. Essa era a visão de Judeus como Rabino Hilel o Ancião, em 70 CE. Entretanto essa consistência dessas imagens aparentemente convergentes de Deus começaram a se desfazer a medida que eu pensava sobre elas, o que significava que Deus era o Alicerce de Todos os seres? Deus seria o mundo que vemos ou estaria além do que vemos? A realidade Emana de Deus ou Deus é a realidade em si? Deus seria as forças criadoras do universo ou as Leis naturais em cima da qual essas forças se baseiam?

Deus viveria através dos seres humanos ou Deus seria uma realidade fora dos seres humanos? Deus seria simplesmente tudo ou deus seria algo específico ao qual deveríamos buscar? Seria Deus a base que tomaria nossas ações possíveis ou seria Deus a energia com a qual agiríamos?

Todos esses conceitos de um deus não teísta eram diferentes e todos significavam coisas diferentes.

O que lentamente eu estava percebendo, a medida que Armstrong mostrava mais e mais conceitos de Deus que se expressaram ao longo dos séculos, é que talvez Deus fosse só a maneira como chamamos as coisas que nós não entendemos ou talvez fosse como chamamos emoções poderosas que possuímos. Ao descrever Deus talvez o que estejamos realmente descrevendo não são coisas fora de nós, mas a nossa própria psicologia. Nossas conexões com outras pessoas. O que sentimos quando nos maravilhamos com as coisas do mundo que nós de fato entendemos. O nosso senso de mistério sobre as coisas do universo que nós não entendemos, talvez deus seja apenas o mistério e não a descoberta do que este mistério seria. Todas essas coisas tem sido chamadas de Deus!

Entretanto elas representam coisas muito diferentes sobre a realidade física. E ao dizer que tudo é Deus é profunda a sua própria maneira, mas dizer assim também diminui a qualidade especial da perspectiva de cada individuo. Mais uma vez, talvez o que estamos chamando de Deus, não sejam coisas exteriores a nós, mas sentimentos que temos quando vivenciamos essas coisas. Nossa própria psicologia.

Mesmo os judeus do primeiro século que estudaram com o rabino Yochanan parecem ter capturado esse fato subconscientemente, a medida que eles desenvolveram o conceito de Deus, eles pararam de doutrinariamente forçar uma teologia específica e ao invés disso estabeleceram a teologia como um assunto privado, subjetiva a cada pessoa. Mas como minha introspecção revelou o conceito de deus não era apenas subjetivo entre indivíduos diferentes, mas também subjetivo dentro do mesmo individuo a cada instante. Em um momento deus significava para mim a minha conexão com outras pessoas, e em outro deus significava as leis inspiradoras do universo, e em outro dia deus significava além da aspiração da experiência do universo em si. Talvez deus não fosse uma coisa. Talvez Deus fosse um sentimento. Talvez deus fosse uma experiência. Talvez deus fosse uma expressão da nossa psicologia.

De inicio isso foi uma possibilidade desconcertante para considerar. Alcançar uma realidade fora de mim sempre foi uma parte importante da minha identidade e é até hoje. De inicio eu achei que desistir da crença de buscar uma única qualidade unificadora da realidade que pudesse ser chamada de Deus significaria deixar esse comprometimento de lado de sair de mim e me conectar com uma realidade maior. Na verdade, deixar de usar a palavra ‘deus’ era a única coisa que eu não podia aceitar de inicio, eu tentava de alguma maneira dar sentido a ela ao invés de deixa-la ir.

Após tolerar mais alguns poucos capítulos das explicações de Armstrong sobre as várias interações históricas subjetivas do conceito de Deus, eu fiquei frustrado e pulei para o último capítulo do livro.

Que diabos era deus no mundo moderno?

eu achei a resposta de Armstrong nem um pouco satisfatória. O capítulo final dela termina com ela falando sobre os vários tipos de concepção histórica de Deus para tentar encontrar o que mais ‘cabe’ para a era moderna.

Que conceito de Deus pode funcionar para nós?

Mas como algo que pode ser selecionado tão subjetivamente, como se estivéssemos comprando um par de sapatos certo ou um bom livro para ler, poderia ser imaginado como o ápice final de toda realidade¿ Não!

Existe um terrível problema sobre todo esse raciocínio sobre Deus. Um problema terrível, que começou a cristalizar lentamente, mas constantemente a medida que eu lia o raciocínio teológico de pessoas como John Shelby spon, Karen Armstrong e outros pensadores religiosos da história. E esse problema era EVIDENCIA!

Nenhum desses conceitos de deus era motivado por evidencias verificáveis e agregadora. E sem evidência, nós poderemos estar debatendo sobre quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete ou qual a melhor estratégia para o Frodo Bolseiro pode usar para levar o Anel para Mordor.

 O processo teológico está completamente contido em nossas mentes e nossos sentimentos. Sem nenhuma base na realidade física. Essa descoberta da falta de base de evidencia era um problema para o teísmo, mas também para qualquer conceito de deus, incluindo o panteísmo, se deus é só um nome dado as coisas as quais nós temos evidência então usar a palavra ‘deus’ para descreve-lo é sem sentido e não ajuda em nada. Por causa da bagagem teológica que a palavra carrega. Se chamarmos o universo natural de ‘DEUS’, nós arriscamos a implicar que ele tem propriedades teísticas, quando não é o que queremos dizer. Esse foi um dos grandes erros de Einstein como um ateu de fato:

‘Eu quero saber como Deus criou esse mundo ... Quero saber seus pensamentos: o resto são detalhes. ‘

‘Eu não creio em um deus pessoal e eu nunca neguei isso mas eu deixei bem claro.’

Este fato que incomoda ateus até hoje, Quando teístas afirmam que ele era crente.

Se deus é usado para se referir a algo além do nosso entendimento, como sendo algo poderoso e inteligente que procedeu o universo ou o alicerce de nossa realidade que não podemos entender ou uma consciência universal que guia todas as coisas. Então outro problema ocorre .

Pela própria natureza dessas afirmações, nós não temos evidências para elas. De toda forma, enquanto eu pensava nisso por vários meses, eu não podia continuar justificando o uso da palavra ‘deus’ para descrever qualquer aspecto da realidade.  Mais uma vez, talvez deus fosse uma maneira de chamar as coisas que nos fazem sentir de uma certa maneira. Talvez no fim a melhor maneira de pensar sobre deus, seria um sentimento que experimentamos.

Fora a nossa própria psicologia, porque era tão difícil para as pessoas concordarem com o que era deus¿ Mas era tão fácil para eles concordarem que havia um deus, porque deus é um ‘sentimento’ (na verdade, é uma imagem que recebe alguma forma de sentimento que o torna real, assim como nossas memórias possuem emoções que podemos senti-las toda vez que pensamos nela). Um sentimento de um principio fundamental e do deslumbramento.

Um sentimento que todas as pessoas compartilham e experimentam. Não uma coisa, mas um sentimento que usamos para chamar de nossas EXPERIÊNCIAS com deus, Frequentemente algumas das experiências mais significativas de nossas vidas. E de muitas coisas durante a história fizeram as pessoas terem esse sentimento e o transformarem em algo além de um sentimento, em algo real.

Então uma série delas foram chamadas de deus, ou evidência de deus. A explicação fazia muito sentido.

A medida que eu continuava minha jornada ao longo de vários anos eu comecei a solidificar a minha até então vaga ideia dos princípios de evidencia e razão que me levaram a uma conclusão. De fato, eu comecei a solidificar o meu entendimento em vários princípios científicos relevantes também, sem ao menos me dar conta do que eu estava fazendo. Comecei a embarcar em um campo de treinamento mental que transformaria a maneira como eu percebo e entendo o mundo.
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Item Reviewed: A Verdade sobre a Bíblia - Descubra a história não contada II Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli