Cabeçalho em Imagem

Cabeçalho

Novidades

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Livre Arbítrio é uma ilusão e os Deveres Morais são objetivos sem a existência de Deus



     Imagine que você tenha duas escolhas a fazer: ser pianista ou ser advogado. A princípio nos parece que a ideia é bem simples, posso escolher entre as duas. Isso levanta uma série de questões complicadas de serem respondidas e demonstram que até mesmo nós, não temos livre arbítrio, mas sim, temos a ilusão de livre arbítrio. Do qual seguiremos nossas tendências e necessidades.

   Por exemplo, a partir do momento que determino que a felicidade é o meio mais importante para se tomar uma decisão, logo o que importará na escolha é se serei mais feliz como pianista ou como advogado.

   A partir do momento que determino que minha escolha é voltada para minha sobrevivência e não felicidade, irei optar pela profissão que melhor sacie minha necessidade de sobreviver.

    Neste aspecto podemos observar que, a forma como determino como irei escolher entre dois caminhos, demonstra que não sou livre para escolher entre dois caminhos, sou condicionado a isso pela adaptação ao ambiente, uma adaptação a natureza das coisas e da realidade.

   É este ponto que não é explicado no problema do livre arbítrio. Em outras palavras, somos determinados para fazer qualquer uma das escolhas, e o próprio livre arbítrio é a ilusão de que podemos de fato ser livres para fazer qualquer uma das escolhas, mesmo quando não somos.  Neste caso o livre arbítrio seria proporcional a condição evolutiva do ser, da adaptação a realidade a qual está inclusivo, da adquirição do conhecimento com o passar do tempo, e de diversas outras influências que determina as escolhas e os caminhos que seguiremos. Portanto o Livre Arbítrio não existe, nada mais é do que uma ilusão de escolha, quando de fato não existe escolha. O que existe é o fato de sermos capazes de ponderarmos opções, porque as opções existem, porém o que nos leva a escolher uma das opções é determinado.

   Desta forma podemos concluir que o que leva uma pessoa a ser Ateu ou Teísta é determinado. uma pessoa não pode ser livre para escolher entre dois caminhos sem que algo determine qual caminho que a pessoa deva seguir (Necessidades, adaptação a realidade e Sentido de vida).

   Os Deveres morais também são determinados e objetivos. Do qual tem influência tanto de nosso passado, quando de nossa evolução. Os deveres morais é algo complexo e não simples, como os teístas dizem o ser. Envolve diversos processos cerebrais, envolve o ambiente, envolve a individualidade e a vida social, envolve as deficiências em nosso cérebro, envolve a biologia da qual determina as necessitas básicas e primárias do ser (axiomas), como a necessidade de sobreviver, reproduzir e melhorar a qualidade de vida, da qual tem interferência de outras pessoas, grupos, nações, e principalmente a falta de recursos ou o próprio egoísmo.

    Os Deveres morais são determinados, e mudam conforme a necessidade do ser para o ser. Muda conforme aquilo que determina os condicionamentos de certo ou errado, por exemplo, em um desastre do qual 40 pessoas sobrevivem, porém não possuem comida e estão presos em um local remoto sem chances de contato com qualquer outro ser humano. Neste caso, o canibalismo seria aceito como correto por causa da necessidade de sobreviver. Quando a necessidade de sobreviver é inferior a qualidade de vida, novamente temos outro determinante que nos dirá o que é certo ou errado. Logicamente esses valores não são subjetivos, e são modificados conforme as necessidades individuais, de um determinado grupo (ideologia ou filosofia), da cultura, da nação, ou da espécie.

   De qualquer forma, o livre arbítrio é uma ilusão, simplesmente não existe. E os deveres morais são mais complexos e bem explicados compreendendo o determinismo e o que determina nossas ações. Algo que está além do controle e poder de cada individuo, o que é chamado de 'influências inconscientes' (determina o que somos nós, e quais as nossas preferências de escolha).

   A Ideia de não existir o livre arbítrio, pode levantar a questão de que ninguém tem culpa pelos seus atos. neste ponto vale salientar que 'culpa' por algo, está relacionado a como nos sentimentos em relação a esse algo que culpamos. Neste sentido culpamos um ladrão por roubar, em como nos sentimos ou poderíamos nos sentir ao sermos roubados. Isso implica em nossa felicidade, implica em nossa sobrevivência, em nossa qualidade de vida, e entre outras coisas que envolvem aquilo que determina a culpa. Pela forma como nos sentimos e como isso afeta nossas necessidades mais básicas de sobrevivência, reprodução e de melhorar a qualidade de vida, compreendemos que o ladrão é culpado por seus atos e deve ser punido. Isso nos deixaria Feliz e ao mesmo tempo, ofereceria justiça.



     Palestra no TED de uma pesquisadora sobre valores morais, confira:




  • Comentários do Blogger
  • Comentários do Facebook

5 comentários:

  1. Mas o livre arbitrio não poderia existir dentre certas limitações? como consequência de três fatores: o princípio da incerteza, a não linearidade e a complexidade. Dentro de um ponto de vista puramente fisicalista, de que a autoconsciência (o “eu”) decorre da atividade neural do organismo (e poderia ser replicado em um sistema de chips hiper-complexo), todo o psiquismo, reduz-se, em última análise, à física. Mas a concepção holística vém justamente da complexidade aliada à não-linearidade. Colocando esta concepção sobre a indeterminação quântica (nivel subatômico) tem-se o livre-arbítrio.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se for retirado o que influência uma determinada decisão entre duas escolhas, neste caso poderia dizer que você é livre para fazer uma escolha. A partir do momento em que diversos fatores influenciam em qual decisão irá tomar, isso seria a ilusão de livre arbítrio. Ou seja, pensamos que temos duas escolhas (como ser pianista ou advogado), porém dependendo da forma como um individuo determina qual o fator principal da tomada de decisão, não existe livre arbítrio.

      Excluir
    2. Meu amigo o livre arbitrio é uma opniao popular mas ela nao é biblica. Eu sei que sempre que fala de livre arbitrio voce quer associar a religiao cristã e por isso eu digo, veja o que o blog voltemos ao evangelho fala de livre arbitrio, veja o que lutero, calvino , jonathan edwards e charles spurgeon falaram do livre arbitrio ( veja o video do youtube livre arbitrio é uma tolice ) meu amigo se voce quer atacar o cristianismo ataque o verdadeiro, profundo, biblico e nao aquele popular de pessoas que nao conhecem a biblia

      Excluir
    3. ant1K seja bem vindo ao blog. O texto fala sobre livre arbítrio e não sobre o Cristianismo. São duas questões que estão associadas e podem ser debatidas. Porém neste texto falamos sobre Livre arbítrio, se o mesmo existe ou não.

      Porém, se quer falar sobre o Cristianismo, podemos falar tranquilamente já que como fui Cristão por muitos anos e me aprofundei na questão, não será nenhum incomodo falar sobre isso. Afinal de contas, não importa a versão que procure, encontra sempre a mesma farsa. Estou de mente aberta para avaliar os fatos, se vc também estiver disposto a isso.

      Excluir
  2. Não somos nem podemos ser o início de nada em nós mesmos. As coisas apenas passam por você, e por não conseguirmos ver nem imaginar de onde vem nossa consciência, imaginamos que ela começa em nós, mas a verdade é que somo apenas parte do processo. O fato de estarmos visualmente desconectados de qualquer outro elemento, nos passa a falsa ilusão de autonomia. Mas o fato é que nem a nossa própria vontade é realmente nossa, ela apenas está em nós.

    ResponderExcluir

Item Reviewed: O Livre Arbítrio é uma ilusão e os Deveres Morais são objetivos sem a existência de Deus Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli