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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Emoções de Deus - Parte 2 de 9 - O que a psicologia pode e não pode dizer sobre Deus





- Prove que Deus existe! – Diz o Cético
- Prove que ele não existe! – Diz o crente.
- O ônus da prova é seu! Diz o Cético com um tom áspero em sua voz, alegações excepcionais e tudo aquilo.
- Eu não posso ouvi-lo – Diz o crente pondo os dedos em seus ouvidos. E ele não pode!

Em parte por causa dos dedos, mas em parte por causa do tom de voz.

- Que idiota! O Cético diz para si mesmo.
- que estúpido! Diz o crente.

Então ambos se afastam, satisfeitos consigo mesmos.

Essa discussão da Escola primária tem-se repetido por séculos. Existe uma versão mais civilizada da discussão que vem acontecendo há séculos. Uma conversa dos estudiosos.

A discussão tem levado a alguns a deixar a sua fé ou mais raramente a recuperá-la. Ela levou a evolução e bifurcação da teologia cristã. E ainda assim, dolorosamente, ela tem tipo pouco resultado em construir mais pontes ou resolver as nossas questões mais profundas que as brigas do pátio da escola.

O florescente ramo da ciência cognitiva, entretanto pode finalmente nos dar uma chance de ter uma conversa totalmente diferente sobre a religião.

Muitos dos estudiosos do cristianismo lidam com grandes questões teológicas e filosóficas, baseadas em nossa melhor capacidade de seguir a lógica de detectar falácias, o que é possível¿
Se nós eliminarmos aquilo que é contraditório e raciocínio falho, o que nos sobra sobre o nosso conhecimento do sobrenatural?

Eles não perguntam não só: ‘O Deus cristão existe¿’ mas ‘pode  o deus cristão existir¿’ e se sim : ‘em que forma¿’ (em outras palavras, tais resposta não foram respondidas e mesmo assim milhares de pessoas seguem tal posição responde com um SIM enorme a todas elas).

Essas são as questões que apologistas e contra-apologistas tem debatido ao longo de muitos séculos. A psicologia ao contrário não lida com o que é possível, a psicologia lida com o que é prático e com probabilidades. Ela pergunta o que nós podemos saber de como as pessoas e algumas vezes outros animais funcionam neste mundo natural. Ela não assume ou nega a existência de um mundo sobrenatural, porque os métodos da ciência não são aplicáveis a essa pergunta e os achados da ciência são agnósticos nessa questão.

Tendo dito isso, ela assume que se tivermos explicações naturais suficientes para eventos naturais, então nós não afirmamos a existência de causas sobrenaturais.

 Se a esquizofrenia pode ser explicada e controlada pela presença ou ausência de certos neurotransmissores, então nós não falamos de demônios possuindo esquizofrênicos, como era feito no passado e em algumas religiões, principalmente evangélicas hoje em dia.

Essa pressuposição é chamada de parcimônia da qual é básica para o estudo da psicologia, mas não somente ela. De fato, exceto quando ameaça dogmas religiosos ela é considerada trivialmente verdadeira.

Considere as vidas do nosso dia a dia. Se eu penso que meu carro vai funcionar só com gasolina, eu não me preocupo em criar regras mágicas ou rezo depois de encher o tanque com gasolina. Litros de Hidrocarboneto são o bastante para o carro funcionar.

Se eu acho que trancar minha porta vá manter os ladrões fora, eu não fico passando ervas protetoras em sua volta e acima. Se eu acho que balas sozinhas matam soldados inimigos eu não contrato um batalhão de especialistas em vodu para enfiar alfinetes em bonecos antes de ir para a batalha.

Quando encontramos uma causa natural que afetam os nossos relacionamentos que são suficientes para manter, controlar ou predizer um fenômeno então assim aceitamos, sem necessitar invocar o sobrenatural.

É por isso que uma discussão de psicologia, especificamente emoções, especificamente as emoções de Deus é relevante para acessar o deus cristão bíblico. A natureza de Deus pode não estar sujeita ao estudo psicológico, mas as crenças religiosas e afirmações feitas por humanos não são sinônimos de Deus. Se tal entidade existir. Eles são fenômenos naturais, o que significa que estão abertos a análise através dos métodos das ciências sociais.

A bíblia Afirma que os seres humanos são feitos a imagem de Deus, presumidamente de acordo com a Bíblia, as similaridades entre nossas emoções e as emoções de Deus como amor, ódio, indignação moral, Vingança, prazer ao conseguir alguma recompensa, chamar por companhia e assim por diante, existe por está razão.

Mas o que são emoções¿ Realmente.

Há vinte anos atrás (texto escrito em 2014), o foco da pesquisa em psicologia era em grande parte na cognição, nossa memória, aprendizado, atitudes e padrões de raciocínio que eram acessíveis as nossas mentes conscientes. Mas a medida que novos protocolos experimentais e tecnologias de imagem, se desenvolveram, se tornou possível explorar todo um novo universo de processos que operam antes e fora nossa consciência.

Essas novas técnicas seguram um espelho, não só para as nossas necessidades individuais e patológicas, mas para mecanismo de processamento de informação e distorção da informação, também conhecido como tendência cognitiva que caracterizam nossa espécie como um todo.
A medida que a ciência cognitiva florescia, outro campo de estudo também florescia: Ciência Afetiva (o estudo das emoções);

A Psicologia largamente ignorou o fenômeno afetivo por anos, as emoções pareciam muito amorfas, subjetivas, e difíceis de serem medidas. Mas agora a neurociência pode correlacionar os relatos com as imagens cerebrais, níveis de hormônios e muito mais. Assim a ciência afetiva deu um salto adiante.

O crescimento da neurociência afetiva, deu confiança aos cientistas para pesquisar como as emoções funcionam em outros níveis. Por exemplo, na tomada de decisões ou em experiências religiosas. A Medida que exploramos a natureza das emoções, perguntas interessantes surgem, por exemplo

- O que significa um ser onisciente, onipotente e bondoso ter emoções?

O teólogo cristão John Shelby Spong uma vez disse:

‘Os cristãos não necessitam nascer de novo. Eles necessitam amadurecer.’

Ele estava reagindo ao fato de que muitos crentes, NUNCA deixavam o conceito infantil de um deus de bondoso ou malvado papai do céu, um que necessita de nossa admiração, pode ser bajulado para conseguirmos favores especiais e nos ajuda ou nos apoia quando nos metemos em problemas.

Frequentemente se adquire as crenças religiosas antes da adolescência (isso deveria ser tratado como um crime, pois manipular para manter algo que é mais do que falso, deveria ser tratado como um crime contra nossas crianças) quando somos muitos jovens para processar abstrações (nosso cérebro ainda está em desenvolvimento, quando os pais ensinam seu filhos em especial sobre religião, eles estão reescrevendo a base primária da criança, forçando a estrutura a agir de acordo com está programação, impedindo que a criança alcance rapidamente ou com maior possibilidade de alcançar os níveis mais elevados de maturidade), quando se ensina as crianças pequenas que Jesus as ama, elas não tem meios de definir a palavra amor, exceto pela experiência com outros humanos, especialmente seus pais.

A Medida que envelhecem a maioria das pessoas não param para reavaliar os seus conceitos da infância (em outras palavras, eles continuam a viver uma infância mesmo quando são adultos – essa ideia parte da defesa da convicção cristã de que ser autossuficiente, possuir maturidade, não necessitar de deus para possuir maturidade é algo ruim e deve ser evitado – Por isso que a maioria dos religiosos não crescem tanto quanto deveriam emocionalmente), os crentes raramente perguntam a si mesmo (isso provém de diversos fatores, como a falta de ensino da maturidade em escolas, dos pais e da religião. Junte todos esses pontos e é fácil compreender porque muitos crentes não se questionam e não buscam maturidade), o que Jesus ama na verdade significa?

Enquanto as nossas ideias da infância funcionam para nós, em especial ideias religiosas e hábitos religiosos, nós não paramos ou gastamos tempo para revisá-los.

Saindo de uma infância evangélica, eu me lembro o quão chocada eu fiquei ao perceber pela primeira vez que católicos, mórmons, e adventistas do sétimo dia também eram cristãos! (isso é o que um sistema fechado faz com o individuo, o manipula e o programa para que pense a haja de uma maneira que beneficie alguma ideologia ou a alguém ou a algo), mas eles eram MAUS  e cristãos eram BONS! Eu comecei a rir.

As minhas categorias antigas já haviam se formado muito antes de eu ser capaz de ter um bom entendimento e poder julgar se o que estava sendo imposto diante de mim, seria algo bom ou ruim. Olhar para as emoções de deus através das lentes da ciência afetiva nos força para entrarmos em nossas mentes adultas.

Ela nos coloca em uma posição que o nosso EU adulto, podem avaliar as camadas profundas dos conceitos de Deus que estão incrustados em nós, quer nos creiamos ou não. Alguns desses conceitos vem, não da nossa infância, mas da infância de nossas ancestrais, dos quais viviam em cavernas.

Os autores da Bíblia Fizeram o melhor que podiam, para ver através de nossas tradições recebidas e assim compor, suas melhores hipóteses sobre o que era real e bom, em outras palavras o que era Deus. Mas vivendo como eles viveram na idade do ferro, eles não tinham como saber o quão pouco sabiam sobre si mesmo.

Nós não podemos ter feito um progresso perfeito desde então, mas misericordiosamente nós fizemos algum.


Autora


Valerie Tarico é uma psicóloga e autora que vive em Seatle, Washngton e autora de ‘confiando na dúvida’
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Item Reviewed: Emoções de Deus - Parte 2 de 9 - O que a psicologia pode e não pode dizer sobre Deus Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli